A Ceia do Senhor

Na noite da Quinta-feira Santa, toda a Igreja vive e celebra a ceia de Jesus com seus Apóstolos. A celebração abre, com solenidade, o mistério pascal de Cristo: paixão, morte e ressurreição.

Antes de passar deste mundo para o Pai, com gestos de humildade e de amor, Jesus se rebaixa à condição humana e mostra a todos os seus como deve ser seu seguimento: não de poder, status, glória e honrarias, mas de amor ao próximo e de disponibilidade ao serviço (Jo 13,1; Fl 2,5-8).

Alinhado de amor e servir, deixa-se por inteiro como alimento para saciar a toda a humanidade. A ceia derradeira prefigura, portanto, sua dolorosa paixão que sofreria na cruz. “O Senhor tomou o pão, e depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é meu corpo que é dado por vós'” (1 Cor 11, 23-24). Estando tudo consumado – vida e missão – se entrega por toda a humanidade. É o pão descido do céu doado de uma vez por todas para a remissão de toda a humanidade.

Estes são alguns elementos que ganham destaque na Missa da Ceia do Senhor e a cada ano somos transportados a tão grande mistério. Para provarmos dessa experiência de fé, a Liturgia nos indica a ação ritual do Lava-pés, não de forma teatral e esvaziada de sentido, mas para sentirmos os gestos e sentimentos daquela mesma ceia.

Em comunhão com a Igreja no Brasil, que vive a Campanha da Fraternidade voltada ao tema da fome, escolhemos em nossa paróquia homens e mulheres que colaboram em nossa cidade e município no combate à fome: empresários do ramo alimentício, comerciantes, agricultores, membros da conferência vicentina. Assim, foram eles que representaram os Apóstolos e também toda nossa comunidade eclesial no compromisso de ouvir do próprio Cristo e como Ele: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).