Dez anos de Pontificado do Santo Padre, o Papa Francisco

             No dia 13 de março de 2023, o Papa Francisco comemorou seu 10° aniversário de eleição, e no dia 19, o início de seu pontificado. O primeiro papa latino-americano e jesuíta logo no início de seu magistério nos presenteou com a Exortação Apostólica Evangelli Gaudium, A alegria do Evangelho. Além da riqueza de seus muitos escritos, como, por exemplo, a ‘Laudato Si’, Louvado seja meu Senhor, é preciso ter um olhar mais atento para a figura emblemática do Santo Padre.

               O primeiro ano de seu pontificado foi marcado também por sua presença no Brasil, quando foi celebrada a 28ª edição da Jornada Mundial da Juventude.

            Após a renúncia do Papa Bento XVI, proclamada em 11 de fevereiro de 2013, o trono petrino ficou vago a partir de 28 do mesmo mês. Imediatamente, as especulações sobre o futuro da Igreja Católica tomaram conta dos noticiários. Afinal, ao longo de toda a história do cristianismo católico, o Papa Bento XVI foi o segundo a tomar tal atitude.

            O conclave começou no dia 12 de março, e logo no segundo dia, dia 13, foi eleito bispo de Roma o cardeal Jorge Mario Bergoglio, argentino, que levou consigo sua humildade e apreço pelos pobres ao escolher Francisco como seu nome papal. Não se pode esquecer também, da participação do cardeal Cláudio Hummes, grande amigo do cardeal Bergoglio, na escolha deste nome. Afinal, foi Dom Cláudio que disse ao Papa Francisco: “Não se esqueça dos pobres”.

            E assim, pode ser visto que, ao longo desses últimos anos, o Papa Francisco tem sempre recordado a importância do combate à fome, à guerra, às muitas outras injustiças sociais. Questionado por muitos, o Papa Francisco também conquistou os corações de tantos outros, ao trazer sua visão de mundo, que carrega as lutas da América Latina, e também sua fé.

            Muitos falam do Papa Francisco, de sua sensibilidade, carisma e alegria. É perceptível que, apesar de todos os desafios da vida longeva, ele não se cansa de anunciar o Amor, Jesus Cristo. Apesar de suas limitações, hoje, físicas, não tem medido esforços para que a Igreja instituída por Cristo se reacenda com o sopro do Espírito Santo a cada dia. Com as inúmeras adversidades, próprias do cargo que ocupa, buscou inovar, trazendo a participação efetiva das mulheres em muitos cargos até então ocupados por ministros ordenados ou leigos. Enfrentou e enfrenta com coragem e determinação os desafios ligados à esfera econômica e celibatária, que por muitos anos mancharam a história da Igreja e ainda trazem muitos prejuízos aos cristãos católicos em todo o mundo.

            Francisco tem buscado o tempo todo mostrar onde o sopro do Espírito Santo tem tocado. Por isto, convocou o Sínodo para os Bispos em 2021, que durará até 2024. Com certeza, esses quatro anos têm trazido e trarão novas luzes para a Igreja Católica que, apesar de suas muitas diversidades de dons e ministérios, está unida em busca da salvação.

            O Papa Francisco veio trazer para a Igreja do século XXI, suas inspirações e preocupações da Igreja para este terceiro milênio. São muitos os desafios, e é evidente que a era digital tem aumentado aquilo que sempre foi intrínseco à humanidade: sua evolução, seja social, cultural ou científica. A Igreja está inserida na sociedade, é feita de homens, de agentes sociais. É necessário lembrar sempre que a busca pela santidade é tangível, é atingível. As pessoas precisam sentir a misericórdia e a ação divina em seu dia a dia. Afinal, o Espírito Santo nos foi deixado para que, junto à Eucaristia, possamos saborear diariamente o gosto da salvação.

            Francisco, com seu lema: Miserando atque eligendo – Olhou-o com misericórdia e o escolheu -, fortaleceu e encorajou os cristãos que provavelmente se sentiram abalados com a renúncia de Bento XVI. Francisco trouxe esperança e alegria para a Igreja Católica que antes do início de seu pontificado se mantinha viva e contemplativa. Bento XVI, com certeza, preparou a todos com seu zelo e cuidado com a doutrina, para que Deus, no momento certo, escolhesse Francisco para sair para o mundo, para as periferias anunciar seu Filho Amado.

            O dever de todos os cristãos é escutar a voz do Pontífice, lembrar-se sempre do dogma de fé, o da Infalibilidade Papal, pois o Sumo Pontífice é aquela ponte que liga os cristãos com Deus, é o representante supremo da Igreja fundada por Cristo, escolhido pelo Espírito Santo. A eleição do Papa sempre é uma escolha da Santíssima Trindade. Por mais que o cargo também represente uma figura política, deve-se lembrar que o Papa é uma decisão do Espírito Santo, que sopra nos corações dos cardeais na Capela Sistina.

            O que ainda se pode esperar do Papa Francisco? A inesgotável vontade de anunciar o Amor, de anunciar Jesus Cristo a todas as criaturas. Viva o Santo Padre, o Papa Francisco, que Deus o conserve com saúde e alegria de viver por muitos anos à frente do trono petrino.

Amanda Oliveira

 

 

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