Efeitos do Sacramento da Penitência na visão leiga

O Catecismo da Igreja Católica, n. 1213, nos diz que “o Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito, é a porta que dá acesso aos outros Sacramentos. Pelo batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão. O Batismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra.”

Se no Batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus, então por que precisamos recorrer ao Sacramento da Penitência? Ainda que o Batismo nos liberte do pecado e nos regenere como filhos de Deus, nossa natureza humana é fraca e frágil, muitas vezes somos levados a ceder a esta inclinação para o que é mal e pecamos. Pecando, perdemos nosso equilíbrio interior e destruímos a imagem de Deus segundo a qual fomos criados.

O pecado pode ser uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta, o amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, ou seja, é uma situação que fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Sendo assim, quando pecamos, nos sentimos separados de Deus, pois há uma ruptura que nos tira a paz e provoca a desarmonia interior. Ficamos com o coração pesado e endurecido, porque temos consciência de que ferimos a Deus e, consequentemente, também somos feridos pelo sentimento gradual de distanciamento Dele.

Sempre que experimentamos a estranha sensação de estarmos vivendo longe da graça de Deus, sentimos uma imensa necessidade de buscar a cura para nosso sofrimento espiritual. Sabemos que o remédio para a cura desse mal é a reconciliação, e esta deve ser uma decisão que brota do coração e nos leva ao arrependimento de ter pecado.

Não somos nós que nos reconciliamos com Deus, mas é Deus que se reconcilia conosco. Somente a Misericórdia Divina nos oferece a oportunidade da reconciliação com Deus e da conversão que restaura a busca pela santidade e nos reconduz ao caminho da vida eterna, por meio do Sacramento da Penitência.

Marlene Aparecida Manzan Paiva

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