Eis 2022: o que esperar de nós, cristãos católicos?

Pensando sobre o ano que está por vir, 2022, criamos expectativas principalmente quando olhamos para trás, para os tempos e efeitos da pandemia da Covid-19 que causaram, segundo a Our World In Data, mais de 5,2 milhões de mortes em todo o mundo. Perdemos, sem exceção, familiares, amigos, ministros ordenados, religiosos, leigos, enfim, crentes, agnósticos e ateus. Diante deste cenário e com a ajuda da ciência, alcançamos estratégias para imunização da população mundial em tempo recorde. Assim, nossa esperança aumenta ao observar a queda do número de mortes pela Covid-19, de forma global.

O cristão católico não pode jamais abrir mão da esperança! São inúmeras as esperanças que nos rodeiam. Inclusive, acredito que 2022 seja o ‘ano da esperança’ para o fim desta indesejável pandemia. O Papa Francisco, em uma de suas homilias, nos catequiza: “A esperança é o ar que o cristão respira!”. Respiremos a esperança para o fim deste terrível tempo.  Respiremos a esperança para nossa conversão à Palavra e ao Amor de Deus. Em João 3, 3, Cristo nos diz: “…Aquele que não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus…”. Que possamos neste novo ano renascer, respirar o ar do novo, principalmente por nossa conversão e reconciliação com o Cristo. Que possamos construir uma intimidade espontânea e sincera com Ele. Que possamos amar cada vez mais nossos irmãos menos favorecidos e, com ação, ajudá-los! Não nos esqueçamos jamais dos pequeninos: as crianças, anjos do céu que Deus nos confia, mas indefesas e frágeis diante da maldade humana. Os pequeninos que Jesus desde sempre e antes de todos amou e ama! (cf. Mt. 19, 14). Eis o exemplo que Ele nos deixa.

Também para este ano, teremos a continuação dos trabalhos sobre o Sínodo iniciado em outubro de 2021 e que finalizará em outubro de 2023 com a Assembleia dos Bispos, cujo título é “Para uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”. A Palavra nos diz no Apocalipse que “… quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas: …” (cf. Ap. 2, 7) reforçando assim o que a Lumen Gentium reza em seu n. 22: “Nele, os Bispos, respeitando fielmente o primado e o principado de seu Chefe, gozam do poder próprio para o bem de seus fiéis e mesmo para o bem de toda a Igreja, revigorando sempre o Espírito Santo sua estrutura orgânica e sua concórdia”. Desta forma, nossos bispos estão conduzindo em suas (Arqui)Dioceses o devido processo de escuta e construção, trazendo o protagonismo de cada membro da igreja nesta importante fase sinodal.

Para 2022, temos a previsão das eleições no Brasil, quando o povo brasileiro, exercendo o voto, seu direito constitucional, elegerá a presidência do país, os governadores dos Estados, um terço dos senadores e todos os deputados federais. Na Bênção do Santíssimo Sacramento, rezamos: “… Derramai Vossas Bênçãos… sobre o chefe da nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça”. Nesta oração, manifestamos a preocupação que a Igreja tem com os representantes políticos. A Igreja de Jesus, confiada por Ele a Pedro, possui uma tradição perpetuada pelos pais da Igreja de forma comprometida e concreta, seja pela Palavra de Deus no Antigo e Novo Testamento, pelas tradições, pelos dogmas, pela doutrina moral e social da Igreja, pelos documentos pontifícios. O católico não pode de maneira alguma votar de forma irresponsável! Nos dias de hoje, podemos facilmente “pecar” pelo voto e eleger um representante, por exemplo, abortista. Que nós, católicos, possamos votar sempre de forma consciente e cristã!

Assim, ao olhar para o novo ano que se aproxima e à luz dos exemplos de vida deixados pelos santos e santas de Deus para auxiliar-nos, recorro às palavras de São Pio de Pietrelcina: “Pela graça divina estamos na aurora de um novo ano. Este ano que somente Deus sabe se veremos o fim, deve ser todo empregado em reparar o passado, em fazer bons propósitos para o futuro. E par e passo com os bons propósitos devem estar as boas obras!”. Que estas obras sejam capazes de promover as mudanças necessárias em nossas vidas e na de nossos irmãos. E como diácono, seguindo o exemplo da mãe de Jesus e nossa mãe, Maria Santíssima, destaco a importância do colocar-se a serviço, conforme Lucas 1, 38, “Diante disso, declarou Maria: Eis aqui a serva do Senhor; que se realize em mim tudo conforme Tua palavra!”. O serviço se dá para a Igreja, para o próximo e, assim, para Deus!  Com os olhos voltados para o Senhor, cabe-nos o devido temor que se traduz no verdadeiro reconhecimento de Sua importância em nossas vidas, pois ainda em Lucas 1,46, nossa mãe canta em seu Magnificat: “…Sua misericórdia se estende a toda a geração daqueles que O temem …”

Diác. Wagner Roberto Batista

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