Acolhendo os dados históricos, foi o Papa Pio XI, na Encíclica Quas Primas, em 01.12.1925, que introduziu na Sagrada Liturgia da Igreja uma festa especial em honra de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei.
Este é um fato histórico de nossa Igreja, mas precisamos entender o que isto significa.
Em 1925, um período de pós-guerra de grandes proporções, a humanidade estava em desalento, descrente, afastada de Deus, sem fé alguma.
A Igreja, percebendo esta realidade, decidiu intervir e aproveitou a comemoração do 16º ano do Concílio Vaticano I para ressaltar a importância do credo “cujo reino não terá fim”, promulgando com isto a dignidade Real de Cristo.
Já no Antigo Testamento, Ele é exaltado no livro dos Números, nos Salmos e por diferentes profetas como Jeremias, Isaías, Daniel, Zacarias.
No Novo Testamento, aparece na Anunciação em Lc 1,32-33 e Mt 25,31-46. Em sua resposta a Pilatos, em Mt 27,11 e Mc 15,2. É aclamado Rei na entrada messiânica em Jerusalém, montado em um jumento: Mt 11,1-11. É aclamado Rei na paixão quando ultrajado, coroado de espinhos, em Mt 27,29 e na inscrição da cruz “O Rei dos judeus”, em Lc 23,38.
Nesta festa, o Papa Pio XI confere o triplo poder a Cristo Rei:
Redentor: pois é Ele em que se confia.
Legislador: pois é aquele a quem se obedece.
Julgador: é Ele que premia e castiga.
Era uma festa celebrada no último domingo de outubro. Após o Concílio Vaticano II, passou a ser celebrada no último domingo do tempo comum, encerrando o ano litúrgico.
De todos os dados históricos importantes para conhecermos mais nossa Igreja e, portanto, vivenciarmos melhor nossa fé, é fundamental reconhecer que Jesus escolheu, mesmo não tendo pecado algum, assumir todos nossos pecados e morrer para nos libertar de todo o mal.
Sendo Deus e Senhor, nos ofereceu a salvação e seu Reino de amor, justiça e paz.
A nós cabe a justa e livre atitude de reconhecer Cristo como Rei de nossas vidas, pois não há um amor capaz de amar assim. Somente Cristo Rei.
Maria Isabel (Bel) Oliveira
Paroquiana em Santa Luzia