A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou no dia 5 de maio o fim da emergência da Covid-19. Isso não significa que a doença não existe mais e que não causa óbitos. Significa que a doença continua em atividade, continua causando óbitos, mas que deve ser considerada como outras tantas doenças que também um dia já foram consideradas como emergência. Significa que devemos continuar nos cuidando, de acordo com os protocolos que aprendemos: lavar bem as mãos, usar álcool em gel, atualizar o cartão de vacinas etc.
A farmacêutica Rejane Grotto, docente da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, campus de Botucatu, explica, em entrevista ao Jornal da Unesp, a importância de manter os cuidados contra a Covid-19, que ainda segue causando internações e óbitos. Desses cuidados, um dos mais essenciais é a atenção à vacinação. Infelizmente, desde o começo do ano, enfrentamos uma nova onda de fake news que procura convencer as pessoas a não se vacinarem.
A Covid-19, desde seu início, causou em nosso país 37 milhões, 511 mil e 921 casos notificados e 702 mil e 116 óbitos confirmados, de acordo com dados do Ministério da Saúde registrados em 15/05. Os números no mundo, fornecidos pelo site da OMS, até o dia 10/05 são: 765 milhões, 903 mil e 278 casos registrados da doença, com 6 milhões, 927 mil e 378 óbitos confirmados. Trata-se de números elevadíssimos, tanto de casos da doença como de óbitos. E pensar que tantas dessas mortes poderiam ter sido evitadas…
No final de 2019 e início de 2020, as primeiras notícias que nos chegavam eram alarmantes. Os casos registrados em Bérgamo, cidade situada ao norte da Itália, bem como em todo o país, colocavam o mundo sob tensão máxima. Em breve começavam as práticas de Lokdown em cidades, províncias, regiões e países inteiros, até que toda a Europa foi fechada, a exemplo do que já havia acontecido em regiões da Ásia. Não demorou muito para que o planeta adotasse o mesmo regime.
Medidas duras – muitas vezes incompreensíveis para muitas pessoas – entraram em vigor. A discussão entre as orientações das autoridades sanitárias e os interesses do mercado foi acirrada. Para salvar a economia, se sacrificavam vidas. Certo que alguns serviços básicos precisavam continuar sendo prestados. Valorosos/as foram os/as profissionais da saúde, verdadeiros heróis e heroínas. Sacrificavam o convívio de suas famílias, trajavam o desconforto de equipamentos de proteção, enfrentavam longas jornadas de trabalho… Tudo isso para salvar vidas, com um extraordinário respeito pela dignidade do ser humano. Deus seja louvado por esses/as valorosos/as servidores da vida humana! A todos/as eles/as nosso respeito e admiração!
Com essa recente notificação da OMS, entramos em nova fase de enfrentamento da Covid-19. Assim como tantas outras doenças que continuam ceifando vidas, a Covid-19 continua a matar, especialmente pessoas portadoras de comorbidades. Por isso, é importante mantermos os protocolos sanitários. Não se descuide da higiene das mãos. Se você ainda não recebeu as doses prescritas de vacinação, procure o quanto antes o postinho de saúde e se previna, para que você não seja portador/a da doença a pessoas mais fragilizadas. É uma questão de solidariedade e respeito pela pessoa humana.
Padre Geraldo Maia