Maria, Mãe da Igreja

Olá!

Você sabe o que é uma solenidade?

Sim, é algo muito importante. E assim é também na liturgia.

Todas as celebrações litúrgicas são importantes, na medida em que nos remetem à comunhão com Cristo e com nossos irmãos, filhos amados do Pai. No entanto, algumas circunstâncias da vida de Nosso Senhor, da Virgem Maria e de alguns Santos são mais marcantes e, por isso, celebradas com maior ênfase, liturgicamente chamadas de Solenidades. Seguindo essa lógica, temos ainda as Festas e as Memórias – estas últimas podendo ser obrigatórias ou facultativas.

Neste mês de junho, nosso calendário litúrgico está repleto de solenidades: Pentecostes (dia 5), Santíssima Trindade (dia 12), Corpus Christi (dia 16), Sagrado Coração de Jesus (dia 24) e Natividade de São João Batista (dia 25). E ainda teríamos mais uma, dedicada a São Pedro e São Paulo, que no calendário geral romano é celebrada no dia 29, e no Brasil é celebrada no domingo próximo (este ano, dia 3 de julho).

Mas, apesar de “menos” importante, gostaria de conversar com você sobre uma Memória instituída em 2018 pelo Papa Francisco, pois quem costuma celebrar com assiduidade a Liturgia das Horas e utiliza o livro próprio para os respectivos momentos de oração, não encontrará referência a ela por ser tão recente.

Refiro-me à Memória da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, que deve ser celebrada na segunda-feira depois de Pentecostes. Ao ler este breve texto, talvez ela já tenha sido celebrada neste ano de 2022, no dia 6 de junho. Mesmo assim, espero que você aproveite para (re)conhecer a importância dessa celebração.

O motivo da celebração está descrito no Decreto Ecclesia Mater: “favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana”. E sua importância está relacionada à “importância do mistério da maternidade espiritual de Maria que, na espera do Espírito no Pentecostes (conforme Atos 1, 14), nunca mais parou de ocupar-se e de curar maternalmente a Igreja peregrina no tempo”, nas palavras do Cardeal Robert Sarah, Prefeito do Dicastério, que assina o Decreto. E complementa: “O desejo é que esta celebração, agora para toda a Igreja, recorde a todos os discípulos de Cristo que, se queremos crescer e enchermo-nos do amor de Deus, é preciso enraizar nossa vida sobre três realidades: na Cruz, na Hóstia e na Virgem. Estes são os três mistérios que Deus deu ao mundo para estruturar, fecundar, santificar nossa vida interior e para nos conduzir a Jesus Cristo. São três mistérios a contemplar no silêncio”.

Eu quis aqui tratar brevemente sobre essa Memória como forma de dar continuidade e até reforçar nossa conversa anterior sobre a importante presença de Nossa Senhora na liturgia. E, com certeza, ainda não esgotei o assunto.

Continuemos caminhando com Maria, Mãe da Igreja.

Luiz Villela
“in viam pacis”

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