Os membros do Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) da Arquidiocese de Uberaba realizam um importante trabalho na Igreja particular de Uberaba e nas regiões que abrangem a Arquidiocese, com atividades frequentes: Escola de Vivência, Curso Básico para novos cursilhistas, Cursilhos para Homens, Cursilhos para Mulheres, Cursilho para Jovens, além de Ultreias e outras ações.
Nas entrevistas de hoje você vai saber o que é o MCC, os motivos de haver a separação entre o Cursilho de Homens e de Mulheres, além de entender o que são as Escolas de Vivência e toda prática da vivência da fé proposta pelo Cursilho.
Entrevistamos o Assessor Nacional do MCC e também assessor espiritual do Movimento de Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de Uberaba, Pe. José Roberto Ferrari, e também o coordenador leigo, José Renis de Carvalho.
Entrevista com o coordenador leigo do MCC da Arquidiocese de Uberaba
Nosso primeiro entrevistado é José Renis de Carvalho, coordenador arquidiocesano do Movimento de Cursilhos de Cristandade – GED Uberaba. José Renis esteve à frente da coordenação no período de 2008 a 2012, por duas gestões, quando a gestão/mandato era de dois anos. Após esse período, a gestão/mandato foi alterada para três anos e teve início em 2016, seu término foi no final de 2018, quando foi reconduzido ao cargo de Coordenador para mais 3 anos (Triênio 2019 a 2021). “Para a nova coordenação foram reeleitos: Coordenador José Renis de Carvalho, Vice-Coordenador Roberto Leandro Alves e Assessor Espiritual Eclesiástico Pe. José Roberto Ferrari”, informa o entrevistado.
José Renis conta que o Cursilho foi um divisor de águas em sua vida. “Vivi uma experiência antes de fazer o Cursilho e vivo outra após ter vivenciado o Cursilho, em setembro de 2000. Não tinha compromisso com a religião, mas a partir do Cursilho assumi o ‘Compromisso de Cristão Comprometido’ e muita coisa mudou na minha existência, como exemplo e testemunho para formação familiar”.
O coordenador arquidiocesano busca viver Cristo intensamente, em todos momentos e em tudo o que faz. “Obedientes às limitações que exerço, participo das Assembleias Regionais e Assembleias Nacionais com o objetivo de trazer para a nossa Escola de Vivência conteúdos, experiências e as atualizações que acontecem em todos os níveis – nos GEDs (Grupos Executivos Diocesanos), GERs (Grupos Executivos Regionais) e GEN (Grupo Executivo Nacional), para o desenvolvimento espiritual, crescimento e compromisso como Cristão Comprometido do nosso GED Uberaba”, explica.
O que é o Cursilho?
José Renis: É um Movimento da Igreja que mediante método próprio torna possível a vivencia e a convivência do fundamental Cristão. Um pequeno Curso que em 3 ou 2 dias (nossa realidade é de 2 dias), por inspiração do Espírito Santo, cursilhistas que já vivenciaram e mais experientes, conseguem mostrar aos iniciantes o verdadeiro caminho que precisamos seguir para dar sentido às nossas vidas. Dar continuidade ao projeto de Deus, que por Jesus Cristo, nos escolheu para missão de Evangelizar, ou seja, levar a Palavra e fermentar de Evangelho todos ambientes, seja na família em primeiro lugar, no trabalho, na sociedade, etc.
Qual é o objetivo do Cursilho?
José Renis: No processo de expansão do MCC no mundo são celebrados diversos Encontro Internacionais com o objetivo fundamental de promover a unidade à escala universal, que identifica e caracteriza o Movimento em todo o mundo, em todos os países e que levem todos os dirigentes a defender e conservar o fundamental cristão. O Cursilho por graça de Deus consegue iluminar toda a vida à luz do Evangelho e possibilita um triplo encontro: consigo, com Deus e com os outros. Objetivo principal é o início da conversão pessoal crescente, consciente e comunicada em sociedade. Despertar no cristão o desejo de continuar o processo de conversão iniciada em grupo ou comunidade; motivar a responsabilidade; formar lideranças para atuar nos ambientes comunitários e dar respostas que modifique, e transformem as realidades da sociedade na dimensão missionária, “Igreja em saída”.
Quem é convidado a participar do Cursilho?
José Renis: Os Batizados afastados de Deus, pessoas que por circunstâncias da vida ou por decisão própria a fé cristã não tem relevância ou que perderam o sentido da vida. Não tendo consciência da sua importância como membros da Igreja afastam-se de Cristo e do Evangelho. Com prudência e caridade pedimos aos responsáveis para casos onde o Cursilho não acrescentaria benefícios ou soluções. O Cursilho está aberto a todas as pessoas com personalidade profunda de amar, do viver fraterno(a), solidário(a), pessoas que tenham critério e juízo claro e que possam ser capazes de vivência plena, ativa e consciente. Além disso que possam atuar como agentes transformadores, fermento eficiente, maduras, livres e responsáveis de qualquer condição social, cultural ou ideológicas. Pessoas que estejam dispostas a refletir e aceitar a verdade das suas vidas, capazes de captar a mensagem que se proclama, capazes de comprometer-se e envolver-se no serviço à comunidade e que tenham potencial e influência nos ambientes que convivem.
Por que existe a separação entre o Cursilho dos homens e o Cursilho das mulheres?
José Renis: Por ser a conversão individual e não tratar-se de encontro entre casais. A mensagem proferida tem caráter de reflexão individual e encontro pessoal nos seus 3 tempos. A mensagem proferida deve ser absorvida no coração de cada um e refletida individualmente. Para encontro de homens e mulheres existem na Igreja outros movimentos ou serviços que tratam o casal, exemplo: Dialogo Conjugal, ECC, Pastoral Familiar. O Cursilho tem método próprio e seu carisma principal é o Querigma, ou seja, a palavra que tem o objetivo de tocar e levar à reflexão, transformação do cristão e ao início da conversão.
Por que fazer o Cursilho?
José Renis: Para conhecer a si mesmo, refletir sobre o projeto que Deus tem para cada um, dar um sentido à vida, entender que o Pai é Rico em Misericórdia e não quer perder nenhuma de suas ovelhas. Mostrar que a família é a base de tudo e a Igreja é o local para se viver em comunidade. Seguir Cristo para continuar o plano e missão que Ele deixou para nós cristãos leigos. Partilhar e comprometer-se com o bem, com a justiça e com a Evangelização dos ambientes.
Qual é a proposta da Escola de Vivência?
José Renis:Dar continuidade ao processo de Formação dos Cursilhistas que vivenciaram os últimos cursilhos realizados. O Curso Básico mostra como preparar-se para realizar Cursilhos; como funciona a Escola de Vivência; como, onde e quando iniciou os Cursilhos no Brasil e no mundo; quando o movimento teve início na nossa Arquidiocese; a razão de se fazer Cursilho separado homens e mulheres; aborda a importância da inserção cursilhista nas paróquias; da perseverança na Escola de Vivência e Fé; a conversão etc.
Qual é o sentimento de estar à frente (coordenação) deste movimento?
José Renis:Estar à frente (Coordenação do Movimento de Cursilho) do GED Uberaba, não é mérito e não dá direito a título algum, mas é preciso muito esforço para alcançar a simplicidade. Entender que todos que já vivenciaram o Cursilho e participam ativamente na Escola de Vivência são responsáveis para o desempenho eficaz do Movimento na nossa Arquidiocese. Motivo de alegria é compreender que o Cursilho além de colaborar catequizando, atua como despertar vocacional do leigo. Em nossa Arquidiocese temos Diáconos Permanentes que foram tocados no Cursilho, formaram-se e hoje prestam serviço em várias paróquias da cidade e região., Como diz São Paulo é necessário ser servo inútil, mas com a ousadia de tentar todas as formas possíveis, seguir o conselho de Maria, a Mãe de Deus e nossa, que recomenda “fazer tudo o que Ele nos disser”. A alegria maior é ser esperança para os que amam esse Movimento, querer continuar sendo instrumento eficaz, presença e testemunho vivo do Evangelho em todos os ambientes. Viva a Vida, Decolores!