O mês de maio sugere aos cristãos uma grande reflexão sobre a Mãe de Deus, como mulher e como mãe, modelo de vida para seus devotos. Existe uma bonita história, com atenção voltada para a figura de Nossa Senhora, inclusive com manifestações através de diversos nomes, todos eles ligados a situações concretas da vida e da religiosidade popular, com uma rica espiritualidade mariana.
Há muitos títulos e invocações a Maria, a Mãe de Deus. Alguns deles são muito conhecidos e outros, não. São nomes dados a partir de práticas devocionais e doutrinais marianas, que podem ser encontrados nas diversas invocações, quando rezamos a Ladainha de Nossa Senhora. Podemos dizer que os nomes nascem de contextos geográficos, de aparições e devoções populares.
Desde os primeiros séculos do cristianismo, o povo cristão honra e venera a Virgem Maria, de onde surgiram os mais variados títulos sobre ela. Existe um contexto histórico de fundo, revelando a confiança na intercessão da Mãe de Deus em favor das necessidades das pessoas. O afeto filial de seus inúmeros devotos revela um sentimento materno muito grande e bonito nos cristãos.
Maria Santíssima é a Mãe de Deus, Mãe de Jesus Cristo, mas também proclamada como mãe adotiva de todos os que a veneram e confiam em sua maternidade e mediação de graças. Esse espírito maternal se estende a todas as mães neste mês de maio, celebrado como “mês das mães”. Estas devem imitar e seguir o testemunho de Maria, esposa de José, no cuidado com a família.
O povo tem uma devoção mariana como marca de sua vida e de confiança inabalável, com fundamentação de fé. É só identificar quantas peregrinações feitas aos Santuários marianos espalhados pelo mundo. É a chamada religiosidade popular, interpretada pelo Papa Francisco como riqueza de nosso povo. Ele inclusive incentiva a Igreja a dar atenção e acolhimento evangelizador a esse fato.
No contexto do mês de maio, valorizamos o papel materno, parabenizando todas as mães que realizam sua missão de gerar e educar os filhos para a vida de fé cristã e para a responsabilidade cidadã. Toda mãe é uma bênção de Deus e sustentação da estrutura familiar. Numa cultura de feminicídio, dizemos que mães e esposas precisam ser valorizadas e respeitadas em sua condição de vida.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba