Olá!
Você bem sabe que Maria, Mãe de Deus e nossa, tem muitos títulos. E, neste mês de maio, celebramos uma das maiores devoções a Nossa Senhora, fazendo memória de suas aparições em Fátima, Portugal, para três pequeninos pastores, confiando-lhes importantes segredos sobre o futuro da humanidade.
Nesta nossa conversa, não quero focar nessa devoção, mas levá-lo a refletir sobre a importante presença de Nossa Senhora na liturgia.
É claro que toda celebração eucarística está centrada em Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, em nossa caminhada de fé, celebramos também a vida dos Santos, exemplos para nós. E não há entre os Santos de Deus exemplo maior que Maria Santíssima.
Todas essas celebrações seguem um calendário litúrgico, em conformidade com as Instruções Gerais da Santa Sé (Roma). Mas, assim como Jesus é o centro, Maria também se faz presente em todas as celebrações.
Será mesmo? Vejamos.
Nos ritos iniciais da Santa Missa, temos o Ato Penitencial, em cuja fórmula mais comum dizemos (ou cantamos): “… E peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor”. Viu, já começamos a celebração pedindo a intercessão, a mediação de Nossa Senhora. E isso não é por acaso. A mediação de Maria entre Deus e nós está intimamente relacionada a sua maternidade divina, pois foi ela quem primeiro recebeu a presença de Jesus na humanidade. Quem poderia ter maior afinidade com Ele do que sua Mãe?
Na Liturgia da Palavra, após as leituras bíblicas e a homília, temos o Credo. Aliás, vale lembrar, o Credo não é propriamente uma oração, não é um momento de pedidos, agradecimentos ou aclamações, mas o momento de expressar (a quem quiser ouvir) tudo em que acreditamos, um autêntico resumo de nossa fé. E, dentre esses valores de nossa fé, professamos que Jesus Cristo “nasceu da Virgem Maria”, reconhecendo mais uma vez que Maria é a mãe de Jesus, e também que sua maternidade se deu pelo poder do Espírito Santo, Senhor que dá a vida, não pela ação de um homem.
Na Liturgia Eucarística, o pão e o vinho são transubstanciados no Corpo e no Sangue de Cristo, sinal sagrado de sua presença entre nós. Podemos aqui recordar o primeiro sinal que Jesus manifestou entre nós, nas bodas de Caná, quando transformou água em vinho, a pedido de sua Mãe, Maria. Ela intercedeu para que não faltasse a alegria aos noivos e a todos os participantes daquela festa, prefigurando as bodas do Filho de Deus e sua Igreja, que somos todos nós, onde também não pode faltar a alegria da partilha do Vinho e do Pão.
Nos ritos finais, somos enviados a cumprir nossa missão como batizados, como filhos de Deus. Mas não vamos sozinhos, pois assim como Maria permaneceu junto dos Apóstolos, na primeira comunidade, ela permanece conosco em nossas comunidades paroquiais, dentro e fora do templo.
Caminhemos com Maria!
Luiz Villela
“in viam pacis”