Nossos Caminhos

Olá!

Você gosta de caminhar? Você costuma seguir a trilha ou de vez em quando pega um atalho? Você caminha em ritmo lento ou acelerado? Vai pelo caminho mais curto ou mais longo?

– Luiz, não estou entendendo onde você quer chegar com essa conversa!

Calma! Respire.

Deus criou o homem e a mulher não por acaso, mas com um propósito, um objetivo: criou-nos para sermos santos. E nossa vida de santidade não começa depois da morte, mesmo que muitos sejam reconhecidos como santos quando já não habitam este mundo que conhecemos. O ponto de partida para essa caminhada é aqui mesmo.

Deus nos deu liberdade para seguir (ou não) o caminho que, com carinho, traçou para cada um de nós.

Alguns não sabem lidar com essa liberdade, querem traçar seus próprios caminhos, tomar atalhos, como se conhecessem o terreno melhor do que quem criou o céu e a terra, as montanhas e os mares. Sentem essa necessidade para provar que são “livres”, quando na verdade são prisioneiros de um conhecimento muito pequeno comparado à infinita sabedoria divina.

Dentre aqueles que se dispõem a percorrer os caminhos do Senhor, há os que às vezes sentem uma certa “falta de ar” que os leva a “dar um tempo”, correndo o risco de não alcançar a “linha de chegada”. Outros, que querem “chegar mais depressa”, podem tropeçar nas pedras do caminho escolhido e não conseguiu reerguer-se.

Alguns encontram a santidade no caminho mais curto, como Teresinha de Lisieux que, mesmo falecendo aos 24 anos de idade, se tornou doutora da Igreja, ensinando-nos a alcançar a santidade nas coisas simples do dia a dia da comunidade. Outros a encontram no caminho mais longo, como São Paulo, que combateu o bom combate em suas inúmeras viagens anunciando a Boa Nova.

– Afinal, qual caminho devo escolher?

Seja qual for, não há caminho fácil. Nem para Jesus foi fácil, não é verdade? Mesmo que você more numa bela casa com um jardim florido ou num aconchegante rancho à beira do Rio Grande, em algum momento de sua vida você precisará “atravessar o deserto”.

E nessa hora espero que você consiga encontrar a sombra acolhedora de Deus, a fonte de onde jorra a água viva que sacia toda sede.

A Quaresma é tempo propício para reflexão sobre os caminhos e os desertos que temos percorrido e ainda iremos percorrer. Este ano, particularmente, a Quaresma veio acompanhada de uma pandemia que vem ceifando muitas vidas e trazendo muitas provações para os que não foram infectados. E tudo indica que nossa caminhada quaresmal irá durar mais de quarenta dias, “invadindo” o Tempo Pascal.

Jesus passou por muitas provações no deserto, a todas elas respondeu com a Palavra de Deus (Mt 4,1-11). E afinal venceu!

Que nossos caminhos sejam iluminados pela chama da fé. Que saibamos responder adequadamente a todas as dificuldades, reconhecendo nossas limitações sem perder a esperança na vitória do bem sobre o mal.

Voltando à pergunta inicial: você gosta de caminhar? Então, caminhe com Ele.

Luiz Villela

[email protected]

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