A presença na igreja desde a infância foi fundamental para que Wesley Souza Dias Barroso seguisse na vocação para o sacerdócio. A decisão foi tomada em 2013 e, após sete anos, confere a ele uma grande conquista: a ordenação para servir a Igreja como diácono. A celebração acontecerá no próximo domingo (03), no Santuário Basílica de Nossa Senhora D’Abadia, pelas mãos de Dom Paulo Mendes Peixoto. Devido ao isolamento social, causado pela alta disseminação do novo Coronavírus, a ordenação será transmitida nas redes sociais oficiais da Igreja.
Filho de Benedito do Rosário Dias Barroso e Marly Fernandes Dias de Souza, nascido em maio de 1984, o vínculo de Wesley com a Igreja Católica vem de família. “A Igreja sempre foi uma presença marcante em minha história pessoal. Amo nossa Igreja, por isso quero servi-la com toda minha vida e, agora, por meio do ministério ordenado. Aos 11 anos, fiz minha Primeira Eucaristia; aos 13, comecei a ajudar na catequese e na liturgia da minha Paróquia; aos 15 anos fui crismado. Sempre gostei de estar na Igreja, de participar da Santa Missa, de estar nos encontros”, contextualiza.
O encanto maior pela religião aconteceu em 2009 ao conhecer a Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus. “Penso que ser estigmatino não foi somente minha escolha. Poderia ter sido diocesano, mas foi Deus quem me conduziu à Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo e, com toda a liberdade, experimentei, amei e assumo conscientemente o carisma estigmatino. Considero ser a página mais bela de minha vida! Como o Cristo, o estigmatino é aquele que vive autenticamente sua vida de fé, serve os irmãos e irmãs, se faz irmão e menor de todos”.
Foi assim que Wesley decidiu ser ministro ordenado para servir a Igreja Católica e aqueles que mais precisam. “Há algo que considero fundamental para minha decisão: a presença dos padres em nossa família. Foram eles que me incentivaram a participar da vida da Igreja, da catequese e, posteriormente, dos encontros vocacionais da Diocese. Frequentando os encontros, comecei a me questionar sobre qual seria minha vocação. A vida e a história de nosso Fundador São Gaspar Bertoni também me inspiraram e me ajudaram a dar este passo concreto”, destaca.
Para ele, a ordenação diaconal é um dos momentos mais importantes na caminhada vocacional. “Penso que, ao dar este passo, se reafirma sacramentalmente a vocação estigmatina, a vivência do Evangelho com tudo o que ele implica. Considero o estigmatino como o homem do lava-pés por essência que, esvaziando a si mesmo, se abaixa, assume a realidade de seus irmãos e irmãs, sobretudo os mais pobres e os serve. Portanto, embora o ministério ordenado não esteja relacionado à essência da vida religiosa consagrada, vejo que, assim como Cristo se fez servo de seus irmãos e irmãs, assumindo o ministério diaconal, me faço, também, servo como o Cristo, servindo o povo de Deus. Especialmente nestes tempos tão difíceis que estamos vivendo”, compartilha Wesley.
O Código de Direito Canônico prevê que aqueles que se preparam para a ordenação presbiteral devem permanecer como diáconos por, no mínimo, seis meses. “Nestes próximos meses após a ordenação, quero dedicar-me ao serviço de maneira intensa, viver com alegria meu ministério, especialmente neste momento tão delicado que estamos enfrentando. Como diz o ditado: ‘o futuro a Deus pertence’. Assim sendo, o entrego nas mãos de Deus e sei que ele tudo proverá. A única certeza que tenho é que quero dedicar-me inteiramente ao serviço de Deus, da Igreja e de meus irmãos e irmãs”, finaliza.
Jornalista Larissa Rodrigues
Membro da Pastoral da Comunicação
Santuário Basílica de Nossa Senhora D’Abadia