Páscoa: Vida que vence a morte

É interessante pensar sobre o que é a Páscoa. Para mim, o período quaresmal que culmina na Páscoa é um tempo de reflexão, união e ressurreição.

É o momento propício para que possamos refletir sobre nossos atos e pensamentos, nosso fazer cristão que, por vezes, deixamos de lado devido a nossas rotinas sempre atribuladas. Quantas vezes deixamos para ‘ser’ cristãos apenas nos momentos pastorais e nas celebrações eucarísticas? Inclusive, quantas vezes deixamos passar a riqueza dos ritos litúrgicos, da Palavra, das homilias elaboradas com tanta preparação por parte de nossos sacerdotes? Quantas vezes nos apressamos e reclamamos sobre a extensão de certas celebrações?

Então, em um mundo onde tudo é rápido e superficial, a Igreja nos proporciona a oportunidade da vivência de um período de recolhimento e reflexão. É o chamado do litúrgico que nos convida ao silêncio contemplativo, que nos pede sacrifícios que não punem, mas que nos levam ao exercício de sermos melhores, trazendo um lembrete latente de tudo o que o Senhor fez e faz por nós. É tempo de nos voltarmos para dentro de nós mesmos e um período que nos leva ao questionamento de como podemos ser cristãos mais ativos, mais engajados, mais fiéis e mais alinhados ao projeto do Pai.

Outro aspecto essencial da Páscoa e do período quaresmal é a união fraternal que sentimos em nossas comunidades. Viver o período quaresmal e a festa da Páscoa em comunidade ressalta para nós a importância de viver em fraternidade e unidade. Nesse sentido, a Igreja nos propõe, além de nossa reflexão interior, que nos engajemos mais no serviço e no cuidado com o outro. Através dos temas propostos na Campanha da Fraternidade, podemos colocar em ação nossas obras de fé, nossa resposta social àquilo que o Senhor nos pede diariamente: que tenhamos misericórdia para com o próximo, tal como Ele se compadeceu de nós.

Finalmente, o período pascal nos traz esperança, pois cremos na Ressurreição do Senhor. Ressureição que nos anima, conforta e acolhe, pois nos mostra que o Senhor é por nós. Ressuscita em nós, assim, a esperança de que vençamos nós também nossos medos, anseios, vícios e mazelas, pois, afinal, “duelam forte e mais forte, é a Vida que vence a morte”.

Camila Belmonte Martinelli Gomes

Paróquia Santa Teresinha

Compartilhe:

Assine nossa News

Seja o primeiro a receber nossas novidades!

© Copyright Arquidiocese de Uberaba. Feito com por
© Copyright Arquidiocese de Uberaba. Feito com por