Pascom Arquidiocesana realiza momento de espiritualidade e confraternização

Na última sexta-feira, dia 1º de julho, a Pascom Arquidiocesana, composta por pasconeiros e pasconeiras das Foranias de Nossa Senhora das Graças e de Nossa Senhora d’Abadia, juntamente com o Núcleo de Coordenação da Pascom, estiveram reunidos na Paróquia da Ressurreição em um momento de Ação de Graças por ocasião do Dia Mundial das Comunicações Sociais celebrado em maio, e também em virtude do trabalho realizado à frente da “Bíblia Comemorativa dos 60 anos da Arquidiocese”.

A Adoração ao Santíssimo e a Celebração Eucarística foram conduzidas por Mons. Valmir Ribeiro, pároco da Paróquia da Ressurreição e Diretor Espiritual da Pascom, e acompanhadas pelo Ministério “Adoradores do Eterno”. O momento contou com a presença de mais de 25 agentes da Pastoral da Comunicação que, juntos, refletiram sobre a importância de “ouvir com o coração”, tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, exortado pelo Papa Francisco. Ao final da celebração, foi feito um agradecimento a Lilian Linhares e Gedeon Félix que, juntamente com Amanda Oliveira, fizeram parte da Coordenação da Pascom até o início deste ano. Posteriormente, foi feita uma singela homenagem à Equipe que articulou a produção e distribuição das Bíblias comemorativas, em alusão aos 60 anos da Arquidiocese de Uberaba.

Durante a celebração, foi lida uma mensagem feita pela coordenadora Amanda, para ser refletida pelos pasconeiros e pasconeiras:

“A Esperança é a mais humilde das virtudes, porque escondida nas pregas da vida, mas é semelhante ao fermento que faz levedar toda a massa.” Papa Francisco

Quero saudar de modo especial Monsenhor. Valmir, nosso diretor espiritual, que acolhe nesta noite, nós, pasconeiros e pasconeiras da Pascom Arquidiocesana e das Paróquias de nossa cidade. Aproveito para dizer que muitos de nós sabemos dos grandes desafios que o senhor tem enfrentado nos últimos meses e para afirmar que estamos em oração pelo senhor, por sua família e em especial por Dona Benedita e Luiz Carlos, seu irmão. Quero dizer também que somos gratos a Deus por ter dado o senhor como nosso Diretor Espiritual, pois podemos juntos realizar tantas coisas com a Pascom Arquidiocesana e, apesar dos desafios e adversidades, estamos juntos fazendo aquilo para o que Jesus nos convoca: Evangelizar.

Queridos pasconeiros, pasconeiras, irmãos e irmãs presentes, quero apenas trazer uma pequena reflexão para que possamos sair daqui mais uma vez renovados pela graça do Nosso Senhor. Então, peço que, apesar de minha pequenez, me escutem por um breve momento.

Nos últimos dias, tenho refletido sobre algumas questões que vão ao encontro de nosso papel de Comunicadores, de anunciadores da Boa Nova! Como é complexa nossa missão: anunciar Jesus. Um homem que viveu há mais de dois mil anos, anunciou o Projeto de Deus para nós e nos salvou. Um homem que diariamente caminha a nosso lado, seja em momentos de dor ou de alegria.

O que quero refletir com vocês é se como Comunicadores estamos sendo fiéis ao chamado de Jesus. Será que estamos sendo fiéis a seu Evangelho? Será que estamos levando o Evangelho a todos, como Ele nos pediu? Será que estamos abertos à ação do Espírito? Será que ao comunicar, estamos também escutando com o ouvido do coração? Ou apenas ouvindo? Será que estamos colocando em prática aquilo que o Papa Francisco nos pede desde o ano passado: Escutar as pessoas como elas são e onde elas estão? E ouvindo com o coração? Ou será que estamos apenas ouvindo e escutando o que queremos? Há uma diferença entre o escutar e o ouvir. O ouvir é perceber os sons, já o escutar é reclinar-se com o ouvido para acolher, entender e compreender o que o outro tem a dizer.

Em muitos momentos preenchidos pela vaidade comum a nós, humanos e pecadores, não escutamos o outro e às vezes por conhecer o outro de diversos momentos, ou até mesmo por ter tido vários desacertos que geraram um desgaste, o que fazemos de imediato? Às vezes até mesmo de modo instintivo não o acolhemos, não o escutamos. Então, será que estamos sendo bons Comunicadores? Pois Comunicação também é estar em Comunhão. Só podemos comunicar se estivermos dispostos a escutar. Até mesmo um escritor, ao escrever, pensa quais palavras serão usadas, pensa o que irá agradar a seu leitor, já tem um interlocutor, mesmo que seja imaginário.

Para que possamos cada dia mais ser melhores comunicadores, devemos diariamente nos comunicar com Deus, pois Ele também tem necessidade de se comunicar conosco. E é Deus que nos ampara e nos fortalece para que possamos amar nosso próximo. Aqui, quero fazer menção a nosso Coordenador Nacional da Pascom, Marcus Tullius, em seu livro “Esperançar: A Missão do Agente da Pastoral da Comunicação”. Ele nos recorda que “A ação técnica e sistemática da Comunicação é um meio para atingir aquele que é seu objetivo maior, chegar aos corações humanos.” E ele também faz menção ao Papa Francisco, que insiste que a Comunicação mais importante é a humana. Marcus Tullius ainda nos recorda que a tríade para um bom comunicador é comunicar, rezar e viver. Esses verbos devem ser conjugados todo o tempo na vida e missão do Agente da Comunicação. Devem ser conjugados como se fossem um verbo só, para que a Comunicação seja eficaz e toque os corações na busca da eterna fonte, que é nosso Senhor.

O Papa Francisco também nos lembra que “Comunicar, para dizer de uma maneira um pouco mais sofisticada, é um ato de humildade. Não podemos nos comunicar sem humildade.” A humildade, como também recorda nosso coordenador nacional, “faz com que desçamos ao lugar do outro, faz com que nos rebaixemos e consigamos enxergar as coisas certas”. E aqui, relembro o que falei há pouco sobre a escuta: é importante estarmos abertos sempre para o outro, para o que ele tem a nos dizer. Nem sempre é fácil, mas amar o próximo é um dos mandamentos que Jesus nos deixou e, para isso, é preciso lembrar que cada pessoa tem sua origem, seus costumes, suas histórias e suas manias. Assim como todos nós também temos. Mas precisamos aprender a silenciar, para que o outro possa realmente falar. Às vezes, pela correria do cotidiano, não paramos para escutar o outro; às vezes, atravessamos as falas com nossas angústias e anseios, colocando nossas dores acima das dores do outro e isso não é escutar. É preciso, de fato, parar e escutar. Parar e acolher. Que possamos ser verdadeiramente humildes, deixando a vaidade de lado, para que na diversidade de nossa Pastoral possamos Escutar, e Escutar conforme o coração de Jesus, com amor e misericórdia, para assim sermos verdadeiros comunicadores de Cristo.

 Após a Celebração, foi realizado um momento de confraternização entre os pasconeiros e pasconeiras no Salão Paroquial da referida paróquia, com tema junino, e cada participante pôde trazer um prato típico para a partilha.  Esses momentos, além propiciarem a partilha, comunhão e fraternidade, marcaram também a retomada dos trabalhos da Pascom em nível arquidiocesano, pois o segundo semestre de 2022 terá como principal objetivo retomar as formações em nível forânico, além de articular a Pascom nas Foranias Catedral e Ressurreição.

 

Amanda Oliveira
Coordenadora da Pascom Arquidiocesana

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