Pascom da Arquidiocese de Uberaba tem novo Assessor Nomeado

   Após 10 anos à frente da Assessoria da Pascom da Arquidiocese, Monsenhor Valmir Ribeiro deixou esta missão para dedicar-se às atividades da Paróquia da Ressurreição que assumiu em abril de 2022. Para seu lugar, o Arcebispo Metropolitano de Uberaba, Dom Paulo Mendes Peixoto, convidou o Padre Márcio André Soares, que assumiu recentemente a assessoria da referida Pastoral na Arquidiocese de Uberaba.  O novo assessor da Pascom é pároco da Paróquia da Sagrada Família, na cidade de Araxá. Já foi Coordenador de Pastoral da Arquidiocese e seu último trabalho em nível arquidiocesano foi a assessoria da Pastoral da Juventude. A fim de conhecê-lo um pouco mais e entender suas expectativas frente à Pastoral da Comunicação, teremos um breve bate-papo:

   Amanda Oliveira (Coordenadora da Pascom): Padre Márcio André, bom dia! Sua bênção! Primeiramente gostaria de manifestar a minha alegria e entusiasmo em poder trabalhar com o senhor. Sei de seu empenho e dedicação às atividades assumidas e espero contribuir muito com o senhor, para que a Comunicação em nossa Arquidiocese continue produzindo muitos frutos.

  Padre Márcio André: Bom dia, Amanda! Saúde e paz a todos os nossos leitores. Primeiramente, quero parabenizar Mons Valmir pelo grande trabalho que realizou à frente da Pascom e dizer que aceitei essa missão com o coração aberto e desejoso de fazer com que a Pascom continue auxiliando toda a ação evangelizadora da Igreja Particular de Uberaba.

  Amanda Oliveira: Padre Márcio, como boa historiadora, gostaria num primeiro momento que o senhor contasse um pouco de sua história, origem e paróquias pelas quais passou.

   Padre Márcio André: Nasci na capital do Estado do Rio de Janeiro. Sou carioca! E trago comigo a alegria e o entusiasmo que caracterizam meus conterrâneos. Minha vocação surgiu aos 14 anos e ingressei no Seminário um pouquinho antes de completar 18 anos. Em julho de 1994, Dom Benedito de Ulhôa Vieira me acolheu no Seminário São José, onde concluí meus estudos. Fiquei um tempo fora do Seminário para discernir melhor sobre minha vocação. Como leigo, trabalhei em Uberlândia, Prata e Tupaciguara como professor de Filosofia e Sociologia nas redes Anglo e Objetivo, bem como no Colégio São Pascoal em Uberlândia. Antes de minha ordenação, tive a oportunidade de uma experiência missionária no interior do Tocantins (Bico do Papagaio) e em Autazes, no Amazonas. Retornando à Arquidiocese de Uberaba, fui ordenado Presbítero aos seis dias do mês de setembro de 2002, na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo no Prata. Minha primeira experiência como Pároco foi na Paróquia de São Geraldo Magela no Alfredo Freire em Uberaba, onde permaneci por quatro anos. Minha segunda Paróquia foi em Frutal, Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Com aquele povo, permaneci seis anos. Já há dez anos estou como Pároco da Paróquia Sagrada Família em Araxá. De 2003 a 2007, tive a grata satisfação de ser o Coordenador de Pastoral com Dom Roque. Em 2015, retornei à Coordenação de Pastoral com Dom Paulo, onde permaneci até 2016. Além de Pároco, fui professor de Teologia Pastoral no Seminário São José, Assessor do Instituto CLC, Grupos de Reflexão e Caderno Popular, Setor Juventude e permaneço coordenando a Novena de Natal. Também por três anos fui capelão dos irmãos Maristas.

   Amanda Oliveira: Padre Márcio, como o senhor recebeu o convite feito por nosso Arcebispo?

  Padre Márcio André: No primeiro momento, fiquei um pouco apreensivo com a notícia. É um campo que sempre utilizei como ferramenta de evangelização, mas nunca tive a responsabilidade de estar à frente. Eu sou movido por desafios e acredito ser benéfico a meu crescimento sair da zona de conforto e abraçar o novo. Depois do impacto, acolhi o convite com alegria e esperança. Aproveito para agradecer ao Arcebispo a confiança. 

   Amanda Oliveira: Como o senhor vê a comunicação?

  Padre Márcio André: A comunicação é a essência da evangelização. É nos comunicando que evangelizamos. Como já dizia Paulo: “Como haverá fé se não houver quem pregue?” Os meios de comunicação da Arquidiocese são canais fortes para anunciar a palavra de Jesus e fazê-la chegar a muitos corações.

   Amanda Oliveira: Quais suas expectativas, ao assumir esta Pastoral?

  Padre Márcio André: Como disse, trago comigo a esperança de poder somar com tantas pessoas que, nas diversas Paróquias que compõem a Arquidiocese, se esforçam para fazer da Pascom um canal de evangelização. E fazem maravilhas!! Basta olhar o que fizeram ao longo da Pandemia. Fizeram a igreja chegar ao coração do povo e isso é digno de aplausos. Quero pegar o que cada um traz de melhor e construir um projeto de cooperação, onde o esforço mútuo trará progresso a nossa ação pastoral. Tenho estudado e pesquisado muito sobre o assunto e trago em minha bagagem algumas propostas e desafios. Eu vim para somar!

   Amanda Oliveira: A vida Pastoral tem a Comunicação como sua espinha dorsal, compreendendo a Pascom como um eixo transversal da Igreja, como indica o Diretório da Pastoral da Comunicação da CNBB. Como o senhor acha que a Pascom pode contribuir com as demais Pastorais, Movimentos e Associações?

  Padre Márcio André: Temos que transformar o belíssimo trabalho de cada um em notícia. Divulgando as ações de nossos grupos, estaremos motivando a participação de tantos outros. Podemos também contribuir com a formação, que é a alma do bom trabalho pastoral. Informando e formando, conseguiremos auxiliar muito as frentes pastorais da Arquidiocese. Aproveito para dizer a todos que estamos abertos e queremos caminhar juntos. Comuniquem-se conosco e poderemos fazer muito para ajudar vocês.

  Amanda Oliveira: Sabemos que a Pascom na Arquidiocese de Uberaba envolve muitos órgãos. Temos nosso Jornal Metropolitano, a Rádio Metropolitana e a Assessoria de Imprensa, que cuida dos assuntos do Arcebispo e da Instituição. Como o senhor irá integrar todos estes órgãos?

  Padre Márcio André: Temos muitos membros, mas formamos um só corpo. Embora cada setor tenha seus colaboradores é imprescindível que todos estejam unidos, afinal, o propósito é o mesmo. Quero formar um conselho com representantes de todos os organismos de comunicação da Arquidiocese para que possamos falar a mesma língua e chegarmos bem mais longe. Não posso esquecer que, além dos órgãos citados, temos outros que precisam ser integrados a nós, como a Rádio Sacramento, a Rádio Roma entre outros. Me sinto muito desafiado no que diz respeito ao trabalho com a Pascom Paroquial. As redes sociais têm um alcance tremendo e cada Paróquia é um membro da Arquidiocese que precisa estar em harmonia com todo o corpo. Juntos somos mais fortes. Contudo, todo o trabalho será sempre apresentado ao Conselho de Presbíteros. Afinal, o apoio do Presbitério é fundamental para fazer nosso projeto ganhar corpo e vida.

 Amanda Oliveira: Outros desafios temos enfrentado em nossas relações, seja na caminhada pastoral, no trabalho, na família, no distanciamento pessoal e na aproximação virtual. Em qual aspecto o senhor acha que a Pastoral da Comunicação pode ajudar na conscientização em relação a este problema?

  Padre Márcio André: Quando falo de formação, é pensando justamente nesse aspecto. A informação quando chega às pessoas de forma atraente, pode colaborar com a transformação de muitas situações. Há muitos desafios e nossa missão é nos sentirmos enfrentados por eles, pois só assim conseguiremos êxito. A boa comunicação é aquela que parte da realidade vigente. Temos a obrigação de levar aos corações a Palavra libertadora de Cristo para transformá-los. Uma comunicação comprometida com a verdade é lúcida e transformadora.

 Amanda Oliveira: Neste mês de maio, celebramos no dia 21, o Dia Mundial das Comunicações Sociais, cujo tema: «Falar com o coração, testemunhando a verdade no amor» (Ef 4, 15). Acredito que o senhor teve a oportunidade de ler a carta do Santo Padre, o Papa Francisco, para este dia. Para o senhor, qual reflexão foi crucial? Como “falar com o coração” pode contribuir para diminuirmos o discurso de ódio em nossa sociedade?

  Padre Márcio André: Eu gosto muito de Exupéry quando ele diz: “O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração”. Para falar com o coração, é preciso também aprender a enxergar com ele. Assim, não vamos nos apegar às misérias de cada um e sim olhar o valor que cada um possui para valorizá-lo. Essa é a grande verdade que não pode ser desprezada. A vida humana importa e comunicar o Evangelho é negar a cultura da morte para salvaguardar a vida. A igreja como comunicadora não pode abandonar seu profetismo. A verdade, mesmo que esta doa. Infelizmente, há muita gente se aproveitando da ingenuidade de uns tantos para dilacerar a dignidade do ser humano. Quem fala da verdade com a voz, tem que ter falado antes com a vida. O Papa Francisco tem insistido muito sobre isso: comunicar a partir do testemunho de vida.

  Amanda Oliveira: Por fim, padre, quero agradecer-lhe este breve bate-papo, desejar-lhe boas-vindas. O senhor poderia deixar uma mensagem para todos nossos pasconeiros e pasconeiras? Ou ainda falar algo que não pôde dizer anteriormente?

  Padre Márcio André: Fico aqui com um pensamento que diz: “Sozinhos chegamos rápido, mas juntos chegamos longe”. Embora eu seja um homem apressado, quero caminhar unido a todos vocês. Quero conhecê-los, ouvi-los para construirmos nosso projeto de comunicação. Comunicar é um desafio que está vivendo uma constante metamorfose. Por isso, precisamos estar sempre antenados para que ninguém fique para trás ou que nossa mensagem deixe de atrair seus destinatários. Para vocês, meu coração é, a partir de hoje, uma casa de portas abertas. Sejam bem-vindos!

 

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