Queridos irmãos e irmãs, como Assessor da Pastoral Familiar em nossa Arquidiocese, quero que este texto que nos fala sobre a importância dessa Pastoral, possa alcançar todo homem e toda mulher que busca na Igreja um lugar de encontro e que busca viver dignamente como família.
Portanto, a Pastoral Familiar é um serviço que se realiza na Igreja e com a Igreja, de forma organizada e planejada através de agentes específicos, com metodologia própria, tendo como objetivo apoiar a família a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos e formar as novas gerações conforme o plano de Deus.
Entendemos assim, que a Pastoral Familiar deve ser uma resposta da Igreja que favoreça nossas famílias, que enfrenta diversos obstáculos sentindo-se assim agredida e muitas vezes desestruturada. Abrange todas as famílias, independente de sua situação familiar, com o propósito de promover a inclusão e resgatar os valores e a dignidade de cada pessoa.
Missão da Pastoral Familiar
A missão da Pastoral Familiar é a defesa e promoção da pessoa em todas as etapas e circunstâncias da vida e a defesa dos valores cristãos para o matrimônio e os relacionamentos pessoais e familiares. É imprescindível promover articulações dentro e fora da Igreja, para defender a vida em todas as suas etapas e dinamizar e orientar ações em favor da família.
Metas principais da Pastoral Familiar
1) Fazer da família uma comunidade cristã;
2) Fazer com que a família seja Santuário da Vida.
3) Resgatar para a família seu justo valor de célula primeira e vital da sociedade;
4) Tornara Família missionária e Igreja doméstica.
5) Acolher toda a família a partir da realidade em que se encontra;
6) Santificar os laços familiares;
7) Oferecer com qualidade formação aos noivos;
8) Despertar a família para o papel de educadora;
9) Oferecer apoio aos casais e famílias.
Setores da Pastoral Familiar
1) Setor Pré-Matrimonial
2) Setor Pós-Matrimonial
3) Setor Casos Especiais
Importância da Pastoral Familiar
A Pastoral Familiar – a nível paroquial, diocesano e nacional – deve considerar-se, não apenas uma opção entre outras, mas uma premente necessidade que virá a ser como foco irradiador dos valores cristãos da nova evangelização, no próprio âmago da sociedade onde a família está radicada; é ela que dará estabilidade ao longo do tempo do esforço evangelizador.
É preciso empregar todas as forças para que a Pastoral Familiar se afirme e se desenvolva, dedicando-se a um setor verdadeiramente prioritário, com a certeza de que a evangelização, no futuro, depende, em grande parte, da Igreja doméstica (FC, n. 76)
Papa João Paulo II.
De uma maneira clarividente disse o Papa João Paulo II, aos Bispos do Brasil, em 1980: “Em cada Diocese, vasta ou pequena, rica ou pobre, dotada ou não do clero, o bispo estará agindo com sabedoria pastoral, estará fazendo investimento altamente compensador, estará construindo, à médio prazo, a sua Igreja particular, à medida que der o máximo de apoio a uma Pastoral Familiar efetiva”.
Papa Bento XVI
O papa Bento XVI, na V Conferência de Aparecida, 1997, assim se expressou: “Em cada Diocese se requer uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa para proclamar o Evangelho, promover a cultura da vida e trabalhar para que os direitos das famílias seja reconhecidos e respeitados”.
Conferências Gerais do Episcopado latino-americano e caribenho
Puebla, 1979 – Santo Domingo, 1992 e Aparecida 2007, dão especial destaque à Pastoral Familiar: “A Pastoral Familiar, longe de ter perdido o seu caráter prioritário, revela-se hoje ainda mais urgente, como elemento sobremaneira importante da Evangelização”. (DP n. 570)
Documento de Santo Domingo insiste: “É necessário fazer da Pastoral Familiar uma prioridade básica, sentida, real e atuante. Básica, como fronteira da Nova Evangelização. Sentida, isto é, acolhida e assumida por toda a comunidade diocesana. Real, porque será respaldada, concreta e decididamente no acompanhamento do bispo e seus párocos. Atuante significa que deve estar inserida numa pastoral orgânica. A Pastoral Familiar deve estar em sincronia com instrumentos pastorais e científicos. Necessita ser acolhida a partir de seus próprios carismas pelas comunidades religiosas e os movimentos em geral. (SD, n 64).
Diz o Documento de Aparecida nº 535, pág. 194, sobre a Pastoral Familiar: “Em toda a Diocese se requer uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa para proclamar o evangelho da família, promover a cultura da vida e trabalhar para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados”.
Nº 437 – Para tutelar o apoio à família, a Pastoral Familiar pode estimular, entre outras, as seguintes ações:
a) comprometer de maneira integral e orgânica as outras pastorais, os movimentos e associações matrimoniais e familiares;
b) estimular projetos que promovam famílias evangelizadas e evangelizadoras;
c) renovar a preparação remota e próxima para o sacramento do matrimônio e da vida familiar;
d) promover o diálogo com os governos e a sociedade, políticas e leis a favor da vida, do matrimônio e da família;
e) Acompanhar com cuidado, prudência e amor compassivo, seguindo as orientações do magistério, os casais que vivem em situação irregular (segunda união).