Pentecostes e devoções marianas

  A relação existente entre o Espírito Santo e Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa mãe, tem muito a ver com o tempo litúrgico do momento. São os geradores de Jesus Cristo, daquele contemplado como crucificado e ressuscitado, mas presente novamente ao lado do Pai, no céu. É o divino, pelo Espírito Santo, e o humano em Maria, dando ao Filho Jesus uma dupla natureza: divina e humana.

  Pentecostes pode ser interpretado como verdadeiro ícone da ação comunitária do Espírito Santo, onde aparece a manifestação do dinamismo dos dons divinos, fundamentais para a consolidação da Igreja nascente, e como Sacramento da presença missionária de Jesus Cristo no mundo. Maria também se beneficiou dessa riqueza, tornando-se presença motivadora do anúncio dos apóstolos.

  Neste ano, a Festa de Pentecostes coincide com o final do mês mariano, maio, unindo o Espírito Santo com Maria, fortalecendo a dinâmica da presença da Igreja nas realidades exigentes dos dias de hoje. É o Espírito Santo de Deus que ilumina o grande e profundo sentimento mariano atuante no coração dos cristãos. Nossa Senhora é aquela que motiva as pessoas para uma espiritualidade de fé.

  Ao falar do encontro pessoal que o cristão precisa fazer com Jesus Cristo, vivo na Palavra, na Eucaristia e na comunidade cristã, estamos entendendo a iluminação daquele que nos conduz na fé e direciona nossa vida, o Espírito Santo. Maria coopera com essa tarefa atraindo as pessoas para os espaços da religiosidade popular. Os Santuários marianos cumprem esse objetivo cristão.

  No dia de Pentecostes, no Cenáculo de Jerusalém, Maria estava presente, ao lado dos Apóstolos, juntamente com outras marias, de onde brotam os Ministérios na vida de Igreja. Foi um momento de envio em missão, fato que continua ressoando até os dias de hoje. A Igreja continua a missão, da mesma forma e força do Dia de Pentecostes, com o objetivo de construir o Reino de Deus.

  Invocamos o Espírito Santo e a proteção materna da Mãe de Deus, para que a Igreja em saída, missionária e sinodal, continue sendo fertilizada em seu bonito papel convergente de unidade. Esse dinamismo acontece também na diversidade dos nomes dados a Nossa Senhora, revelando a riqueza da inspiração do Espírito Santo na vida daquela que, pela concepção virginal, trousse o autor da vida.

   Dom Paulo Mendes Peixoto

   Arcebispo de Uberaba

 

 

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