Quão grande o homem pode ser?

Deus criou o céu e a terra e nesta pôs o homem e a mulher a fim de que a dominassem e a submetessem (Gn 1, 28). Mas então a inveja e a ganância fizeram com que o homem caísse: antes, nossos primeiros pais, Adão e Eva (Gn 3); depois, o restante da humanidade. Até que veio o resgate: Deus quis que seu filho, Jesus, salvasse a humanidade do pecado, fazendo uma nova aliança (Lc 22, 20).

Nos dias de hoje, o ser humano busca cada vez mais o ter: dinheiro, bens, poder, prazeres e se esquece ou não entende o sentido da vida. Esta seguia seu curso e nesses moldes até que surgiu a notícia de que uma nova doença se espalharia pelo mundo, o que logo aconteceu. E com a doença se aproximando cada vez mais de nossas casas, as autoridades determinaram o fechamento de tudo.

No dia 18 de março, durante a quarta semana da Quaresma, nosso Arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto viu por bem a suspensão das missas com a presença dos fiéis e a ordem das autoridades foi “#fiqueemcasa”.

A partir daí, passamos confinados o restante do período da Quaresma e toda a Semana Santa, vivenciando do Tríduo Pascal aos dias de hoje uma experiência diferente: onde está Nosso Senhor? No Santíssimo Sacramento do Altar, depositado em cada Sacrário de todas as igrejas ao redor do mundo e durante as missas celebradas com a presença do sacerdote e de alguns poucos auxiliares. De casa, nós em oração, acompanhando fervorosamente e com devoção as transmissões. Jesus está sempre presente! Alguém escreveu um diálogo entre Jesus e o diabo: Satanás: “Eu fechei todas suas igrejas”. Jesus: “e Eu abri uma em cada casa”.  Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles (Mt 18, 20).

Nunca, até então, havíamos deixado de participar das missas dominicais; prova disso é que Maria Carolina, ainda com poucos dias de vida, coroou Nossa Mãe e Rainha, agradecendo a graça alcançada. De repente, não pudemos mais participar das missas, presencialmente.

Já há mais de 10 anos que não seguimos TV e novelas em casa. Substituímos pela leitura da Sagrada Escritura e, com o tempo, pela oração do Santo Terço. Nesse tempo, a prática da oração do Terço tem sido mais frequente e participativa: Maria Carolina contempla e José Augusto reza as dezenas. As missas via internet parecem que não fazem muito sentido para eles.

É tudo diferente! Mesmo com toda a disposição dos sacerdotes em celebrar transmitindo pelas redes sociais e por mais emocionados que estivéssemos com tal disponibilidade, NÃO é a mesma coisa! Falta uma parte; há um vazio. Prova disso foi o sentimento que tivemos no Domingo de Páscoa quando pudemos sair de casa e ver Nosso Senhor passar em carro aberto; mesmo sem poder tocar, ainda que por segundos apenas, foi indescritível e nos emocionamos bastante! Momento ímpar, de restauração.

Têm sido tempos difíceis longe da Eucaristia. O distanciamento social e a falta de contato direto com as pessoas não nos afetaram tanto quanto.

Quando tudo isso passar, muitas lições ficarão em virtude desse tempo de reflexão e introspecção. No entanto, Deus renova todas as coisas e, quem sabe, nos tornemos pessoas melhores.

 

José Bonifácio, Alessandra, Maria Carolina, José Augusto

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