Retiro proporciona reflexão sobre a vocação diaconal no Jubileu

Nos dias 22 e 23 de março, a cidade de Sacramento tornou-se um cenário de renovação espiritual para os diáconos permanentes da Arquidiocese de Uberaba e suas esposas. Acolhidos no Seminário dos Redentoristas, o retiro foi um convite à reflexão profunda sobre a identidade e a missão do diaconato permanente, ministério essencial que une serviço, caridade e anúncio da Palavra.

Sob a direção espiritual do Padre Otair Cardoso e com reflexões conduzidas pelo Padre Ricardo Alexandre Fidelis, Pároco da Basílica do Santíssimo Sacramento, o encontro reforçou a centralidade da vocação diaconal no contexto do Jubileu da Esperança, período em que a Igreja é chamada a testemunhar a fé com renovado ardor.

As meditações lideradas pelo Padre Ricardo destacaram o caráter profético do ministério diaconal, lembrando que o diácono não é apenas um colaborador, mas um sinal vivo de Cristo na comunidade. “O diaconato é uma vocação que nos convida a lavar os pés do mundo, levando a esperança do Ressuscitado aos que estão à margem”, enfatizou o sacerdote.

O Jubileu da Esperança, tema central do retiro, serviu de pano de fundo para reforçar o papel dos diáconos como agentes de transformação social e espiritual, capazes de unir liturgia, caridade e anúncio do Evangelho em um mundo marcado por desafios. A programação incluiu momentos de adoração ao Santíssimo, liturgia das horas e partilhas em grupo, além da Santa Missa na Basílica do Santíssimo Sacramento, presidida pelo Padre Ricardo no domingo.

A celebração eucarística, carregada de simbolismo, recordou aos diáconos sua missão de servir à mesa da Palavra e à mesa do Pão, sustentados pela espiritualidade comunitária. A presença das esposas reforçou o valor da família na jornada vocacional, evidenciando que o diaconato permanente, quando vivido em sintonia com o lar, torna-se testemunho de amor cristão.

Com 39 diáconos e 26 esposas participantes, o retiro não só fortaleceu os laços fraternos, mas também reacendeu o chamado à santidade no cotidiano. “Encontros como este nos lembram que nossa vocação é um dom a ser cultivado diariamente, em gestos concretos de entrega”, partilhou um dos diáconos. O almoço fraterno que encerrou o evento simbolizou a comunhão que sustenta o ministério, enquanto os participantes se despediram revigorados para atuar como fermento de esperança em suas paróquias.

Mais que um evento isolado, o retiro ecoou o ensinamento do Concílio Vaticano II, que restaurou o diaconato permanente como um elo vital entre a hierarquia e o povo de Deus. Em tempos de Jubileu, a Arquidiocese de Uberaba reafirma, através de seus diáconos, que a esperança cristã não é utopia, mas compromisso com os pequenos gestos que revelam o Reino.

 

François Ramos – Assessoria de Imprensa/Arquidiocese de Uberaba

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