Estamos vivendo momentos que alguns já chamam de “pós-pandemia”. Sabemos que a pandemia ainda não acabou, mas graças a Deus já estamos retomando nossas vidas naquele cenário que consideramos “normal”.
Nos trabalhos da Igreja e na vida das famílias, podemos observar novos hábitos: ainda distanciamento e adoção de medidas sanitárias. Caminhamos para o fim desta pandemia; entretanto, para alcançarmos este objetivo, faz-se necessário manter viva a responsabilidade de cada um, de cada ser humano, de cada família no que se refere à vida de cada um e ao respeito à vida do outro.
O que conseguimos vislumbrar neste momento na vida de nossas famílias, de nossas paróquias? Muitos já retornaram à participação presencial, quer seja nas celebrações, quer seja nas reuniões de grupos e movimentos. Outros tantos ainda não o fizeram por restrições de saúde ou porque ainda não se sentem totalmente seguros. Cabe-nos respeitar a posição de cada um, evitando fazer comentários e julgamentos. No entanto, observamos um grande número de famílias que não retornaram à Igreja e cujos membros não têm restrições de saúde e já retornaram às atividades sociais presenciais. Muitos já participam de festas, reuniões e compromissos sociais de forma presencial, mas… não da vida da Igreja.
O que fazer?
Sabemos que a pandemia nos trouxe inúmeros problemas físicos, sociais e de saúde mental. Perda de entes queridos, desemprego, sonhos desfeitos, famílias destruídas. Sim, muitas famílias destruídas! Inúmeros exemplos de esposos que se separaram, pois não conseguiram mais conviver! Triste realidade, porém muito presente.
Qual a solução?
Em todos os casos, a solução é Deus!
A busca de Deus em todas as situações familiares, sociais e humanas!
No quarto domingo da Quaresma refletimos sobre a parábola do filho pródigo. Trazendo para nossas realidades, poderíamos dizer também “famílias pródigas”. Sim, famílias inteiras que se distanciaram de Deus e Ele sempre aguardando seu retorno. Deixemo-nos reaproximar de Deus – pessoal e comunitariamente. Em nossas vidas, em nossas famílias, em nossas paróquias.
“Senhor, a quem iremos? Só Tu tens palavras de vida eterna!”
Que entre nós seja assim. Que em nossas famílias seja assim. Que nossa pós-pandemia seja assim, perto de Deus, dentro de Seu abraço misericordioso!
Lembremo-nos sempre do que o Papa Francisco coloca no final da Exortação Apostólica Pós Sinodal Amoris Laetitia:
Avancemos, famílias; continuemos a caminhar!
Aquilo que se nos promete é sempre mais.
Não percamos a esperança por causa dos nossos
limites, mas também não renunciemos a procurar
a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida.
Solange e Freud
Casal coordenador – Pastoral Familiar da Arquidiocese de Uberaba