SISTEMATIZACIÓN DE APORTES DOS FOROS TEMÁTICOS
Aportes de | Comunidade Santa Clara / Paróquia Sagrada Família/ Arquidiocese de Uberaba | |||
Fecha | 02/09/2021 | |||
Tipo de evento
Marque X |
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Nombre del evento | Pastorais, Movimentos Devocionais e Grupos de Oração | |||
Sistematizado por | Nombre y correo electrónico o número de contacto
Rita Marcia Ayala
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¿Quiénes participaron?
Información de Participantes | Mujeres | Hombres | |
15 | 15 | ||
Laicas | Laicos | Diáconos | |
15 | 06 | 01 | |
Religiosas
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· Sacerdotes católicos 09
· Seminarista Dominicano 01 |
Religiosos 04
· Somasco · Franciscano · Dominicano Superior do Convento São Domingos · Sacramentino Superior Geral |
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Leigas dominicanas 02 | Presbítero Metodista 01 | ||
Arcebispo | Total | ||
01 | 30 participantes | ||
País/ Países
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Pastorales, Áreas y Redes que participaron del evento | ||
Brasil e Italia | Conselho de Direitos Humanos da Arquidiocese de Uberaba
Fraternidade Leiga Dominicana Pastoral da Educação da Arquidiocese de Uberaba Pastoral da Saúde da Comunidade Santa Clara Pastoral da Saúde da Diocese de Goiás Pastoral da Comunicação da Comunidade Santa Clara Pastoral da Comunicação e Pastoral da Criança da Paróquia Sagrada Família
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Metodología para el levantamiento de la información
Describa el proceso que aplicó para la realización de este aporte a la Asamblea Eclesial, comente los detalles y organización en máximo 3 párrafos.
O Fórum teve uma metodologia remota virtual, funcionando com a base tecnológica da plataforma Escucha, e foi moderado, voluntariamente, pela própria pessoa que propôs o Fórum. O início se deu no dia 02 e encerrou-se no dia 31 de agosto. Houve um atraso no início da divulgação porque o Pároco de nossa Paróquia estava de férias em uma região muito distante do pais. A animação e moderação, portanto, só ocorreu a partir da terceira semana de agosto.
O convite para que as pessoas participassem foi feito com um enfoque na efetivação da inscrição delas, com o intuito de que todas elas tomassem conhecimento da Assembleia Eclesial, interessando-se em participar não somente do Fórum, mas, sobretudo, do momento de Escuta que estava em curso. Ocorreu um trabalho intenso de contato pelo celular, convidando as pessoas para participarem e oferecendo apoio técnico para que as mesmas conseguissem se cadastrar e postar seus comentários no Fórum. Montamos um material de divulgação, textos elucidativos e compartilhamos, também, os próprios materiais difundidos pelo setor de comunicação da Assembleia Eclesial, replicando-os nas redes sociais, Facebook e WhatsApp e por e-mail. Publicamos três artigos no site da Arquidiocese de Uberaba, um sobre a própria Assembleia Eclesial, e o outro versando sobre a iniciativa da Paróquia Nossa Senhora das Graças / Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe, de organizar, por sugestão nossa, durante os 5 sábados do mês de agosto, a oração do Terço Mariano em prol do momento de Escuta da Assembleia Eclesial, com a participação de Dom Paulo Mendes Peixoto na abertura e no encerramento deste período de orações. A terceira publicação nossa versou sobre a Assembleia Eclesial, mas no formato de uma entrevista com o Prof. Robson Castro, Professor do Instituto Teológico Franciscano.
O Fórum apresentou uma questão e um documento referência para leitura individual de cada participante, intitulado “Pastorais, Movimentos Devocionais e Grupos de Oração: Assembleia Eclesial, construção do espaço dialógico da Escuta”. A questão para gerar a discussão foi a seguinte: “onde falta ação e sobeja oração e onde falta devoção e sobeja ação, como estabelecer o espaço dialógico que permite o consenso, a concórdia e a união”? O Fórum esteve aberto para comentários, contribuições e perguntas de todos os participantes com base na leitura do documento de referência, no seu conhecimento e nas suas próprias experiências. As postagens no Fórum foram comentadas pela moderadora, preferencialmente, no mesmo dia. Esses comentários enfatizaram os valores propostos pelos participantes do Fórum, pontos em comum entre a proposta de reflexão do Fórum e os aportes dos participantes e acolheram as críticas e as novas perspectivas que se abriram.
Matéria publicada sobre a Assembleia Eclesial: https://www.arquidiocesedeuberaba.org.br/post/assembleia-eclesial-da-america-latina-e-do-caribe
Entrevista com Prof. Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves (ITF) concedida à Rita De Blasiis (Rita Marcia Ayala):
Matéria publicada sobre os momentos de oração em favor da Assembleia Eclesial:
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TEMAS PRIORITARIOS Y AUSENTES
LOS 5 ASPECTOS MÁS IMPORTANTES PARA TENER EN CUENTA EN LA ACCIÓN ECLESIAL CON RELACIÓN A ESTE TEMA ESPECÍFICO |
1. Evangelização, promoção humana e libertação autêntica |
2. . A missão, um movimento “em saída” |
3. Discípulos comprometidos com uma cultura de paz |
4. Em direção a uma maior interculturalidade e inculturação |
5. . Em direção a uma Igreja itinerante e sinodal, caminhando por novos caminhos |
LOS 5 TEMAS MÁS AUSENTES PARA TENER EN CUENTA EN LA ACCIÓN ECLESIAL CON RELACIÓN A ESTE TEMA ESPECÍFICO |
1. Abuso sexual na Igreja |
2. O apelo a uma ecologia integral. |
3. Tendo em conta as grandes lacunas na educação, é necessário um “Pacto Educativo Global”. |
4. Um modelo económico e social que se volta contra os seres humanos. |
5. Para uma economia solidária, sustentável e ao serviço do bem comum. |
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Sección para identificar VOCES CLAVE (argumentos o frases específicas especialmente significativas).
- Ver Cristo nos outros por meio das ferramentas da compaixão e do amor-caridoso requer treino constante e o diálogo é fundamental para esse processo.
- A oração comunitária pode nos ajudar a entender melhor esse respeito mútuo que precisamos ter uns para com os outros.
- A escuta é um remédio, uma terapia; uma troca de saberes.
- Deus se revela no pequeno, cabe a nós, igreja caminhante, ter um olhar sensível e ouvidos atentos para reconhecê-lo no irmão.
- Bom senso e compaixão para fazer justiça e desejo de fazer justiça para promover a paz – no bojo da sabedoria cintilam essas luzes norteadoras.
- Viver o equilíbrio entre a contemplação e ação, compreender a profunda ligação que existe entre as duas atitudes.
- O voo da alma consiste em sair de si com o desejo de manifestar misericórdia, de não desamparar ninguém, de trabalhar pelo bem de todos.
- Não nos basta ter a oração, esta força deve alavancar o nosso trabalho, a nossa ação.
- É necessário evitar dois extremos: social sem espiritualidade e espiritualidade sem o social, Jesus agiu com muito equilíbrio entre esses dois polos.
- O caminho rumo à Assembleia Eclesial é o Povo de Deus ajudando o Papa no exercício do seu ministério.
- Uns agindo perante os pobres e outros levando a alma e a humanidade diante de Deus, nenhum é mais nem menos em sua missão.
- Há uma urgência em promover uma maior escuta não sobre a Igreja (instituição), mas sobre a fé, o que acreditamos deve ser o que vivemos.
- A Igreja Católica está pagando todos os pecados que cometeu nos dois milênios de existência mundana alienada, e tem a crise que merece.
- A Igreja Católica precisa se reinventar, e isto leva às origens.
- O diálogo ecumênico e inter-religioso abre um horizonte belíssimo, à luz da Teologia do Povo de Deus.
- Estamos em marcha, podemos avaliar nossos passos e redirecionar, reorientar nossa caminhada e nosso jeito de andar.
- Não é fácil um caminho de libertação dentro do clima tenso e descomprometido de muitos cristãos com mentalidade reacionária, inclusive contra as orientações do Santo Padre.
- Esta palavra [equilíbrio] resume com muita clareza o que precisamos no momento atual.
- É muito importante e válido o momento de oração, mais precisamos agir, nos unir, ouvir, respeitar e fazer ser ouvido, só assim conseguiremos mudanças.
- É importante que nos tempos atuais essa redireção dos caminhos da Igreja seja retomada como continuidade de um fecundo movimento histórico da Igreja.
- Somos provocados a sermos sensíveis ao próximo, inseri-lo em nossas orações e assumir o amor a todos aqueles que são excluídos e sofredores de nossa sociedade.
- A grande confusão que se instalou nos espíritos na atualidade diz respeito a isso: prosseguiremos sendo construtores de uma sociedade justa para todos ou selecionaremos a partir de critérios espúrios quem merece viver com qualidade de vida digna?
- Nosso momento presente clama por atenção à realidade perdida nos primórdios do Cristianismo, pede que nos reposicionemos e busquemos nosso próprio olhar de compaixão para a vida, para o mundo, para o outro.
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Iniciamos nossa síntese com um comentário critico de um participante do Fórum que considerou que a Igreja Católica está pagando todos os pecados que cometeu nos dois milênios de existência mundana alienada, vivendo a crise que merece. Como esse, vários aportes foram postados, levantando questionamentos que faziam referência ao momento desafiador que vivemos na atualidade, não somente na Igreja, mas no mundo todo. Por outro lado, se sucederam reflexões sobre o tempo sombrio que vivemos, cheio de conflitos de toda ordem, apresentando sugestões que enfocavam simplesmente o nosso cotidiano. Configurou-se, nesse aspecto, uma consonância em torno do ato de ver o Cristo nos outros, pela via da compaixão. O diálogo foi a tônica dominante, neste ponto, em grande e significativo número de comentários.
Nesses parágrafos introdutórios, ressaltamos também um comentário sobre a aspiração de estabelecer o equilíbrio entre a contemplação e a ação, compreendendo que a ligação que existe entre essas duas atitudes, é algo essencial para vivermos, na nossa realidade, a oração que Jesus nos ensinou. Recebemos o alimento espiritual da Palavra de Deus e a Eucaristia. O “Pão Nosso” é essencial em nossa vida, tanto o do corpo quanto o do espirito, mas para sermos realmente filhos de Deus, “Pai Nosso”, precisamos fazer a sua Vontade. O “Pão Nosso” de cada dia, portanto, deve ser repartido, atendendo a todos e todas, em respeito à dignidade da vida de cada pessoa humana. Esse comentário nos remeteu ao nosso compromisso cristão para com a realidade do mundo, em relação à justiça, à paz e ao devido cuidado pela criação. Logo nesse início de sistematização para elaboração da presente síntese, ficou claro, conforme um dos comentários postado por uma participante do Fórum, que o nosso caminho rumo à Assembleia Eclesial, nesse processo de Escuta encetado, é o Povo de Deus ajudando o Papa no exercício do seu ministério.
Sobrevieram também, novos questionamentos e leituras críticas, dentre elas destacamos uma postagem que enfocou o clima tenso e descomprometido de muitos cristãos com mentalidade reacionária que se voltam até mesmo contra as orientações do Santo Padre. Nesse contexto, sobressaiu a questão que se voltou para a necessidade de encontrarmos um caminho de libertação dessa situação que vivemos, em termos gerais, bastante conflituosa. A partir da sistematização dos comentários que fizemos, encontramos entre as postagens, muitas contribuições que compuseram uma resposta a essa inquietude que tem assaltado as pessoas.
Além do sentimento e da atitude de compaixão para com o outro, postura que pede diálogo constante, se destacou também como resposta à inquietude geral, a necessidade da oração comunitária que pode nos ajudar a entender melhor e a manter o respeito mútuo que precisamos ter uns para com os outros. Houve diversos comentários a esse respeito. Entre eles, ocorreu uma certa consonância, mas, também, ressalvas comuns referentes ao fato de que não nos basta fazer a oração, é preciso que esta força alavanque o nosso trabalho, a nossa ação. De certa maneira, os aportes sobre oração buscaram realmente responder à questão proposta pelo Fórum: “onde falta ação e sobeja oração e onde falta devoção e sobeja ação, como estabelecer o espaço dialógico que permite o consenso, a concórdia e a união”?
Nesse sentido, um comentário singular, único, lançou um forte desafio, ressaltando a necessária urgência em promover uma maior escuta não exatamente sobre a Igreja enquanto instituição, mas sobre a fé, sobre aquilo que cremos que deve ser o que vivemos como Povo de Deus, uma assembleia reunida, mas, em marcha constante. Essa urgência se justifica, pois, se estamos em marcha, podemos avaliar os nossos passos, reorientar a nossa caminhada e redirecionar o nosso roteiro e o nosso jeito de andar.
Uma sequência de argumentações e de propostas se sucederam, então, fundadas em outra questão que emergiu, versando também sobre a grande confusão que se instalou nos espíritos na atualidade. Essa confusão diz respeito, sobretudo, a isso: prosseguiremos sendo construtores de uma sociedade justa para todos ou selecionaremos, a partir de critérios espúrios, quem merece viver com qualidade de vida digna?
Novamente, um comentário sutil veio desfazer este impasse, reportando-se à escuta como um remédio, uma forma de terapia que inclui em sua posologia uma troca de saberes. É preciso abrir mente e coração para nos ouvirmos e identificarmos valores que são o fruto da experiência, do conhecimento e das virtudes de cada um. Concomitantemente, é necessário evitar dois extremos: social sem espiritualidade e espiritualidade sem o social, considerando que Jesus agiu com muito equilíbrio entre esses dois polos. A confusão instaurada na atualidade, no entanto, não se encontra apenas no âmbito dos problemas socioeconômicos e políticos, diz respeito também à Igreja. Um comentário de um participante do Fórum voltou-se para essa realidade, pedindo atenção para o diálogo ecumênico e inter-religioso que entreabre um horizonte belíssimo, à luz da Teologia do Povo de Deus.
Em toda essa discussão ficou patente, portanto, a necessidade de diálogo, em todas as esferas da vida humana, mas, o contexto, por outro lado, continuou apontando para a imensa dificuldade de criar-se a condição necessária, a devida predisposição para o diálogo. Nesse sentido, em resposta a essa imensa dificuldade da humanidade, reiterada de século em século, de guerra em guerra, nas grandes calamidades e nos sofrimentos silencioso e anônimos de todos os homens, um participante observou algo essencial. Em seu aporte comentou que, pela ação do Espírito Santo, podemos entrever novos horizontes e encontrar novas práticas em favor da nossa igreja e de nossos irmãos mais necessitados. Para tanto, ficou outrossim, muitas vezes reiterada, a proposta de constante oração pessoal e comunitária como forma de estabelecermos o equilíbrio que permite o diálogo, fonte de harmonia e de paz. E conforme a observação de outro participante, essa necessidade de equilíbrio resume, com muita clareza, o que precisamos no momento atual.
A argumentação que se desenvolveu no Fórum, caminhou neste sentido, buscando, enfim, configurar as necessárias perspectivas de mudança. Vieram aportes de pessoas engajadas, atuantes em áreas pastorais, nas causas sociais e em militância político-partidária. Essas contribuições voltaram-se para a busca de soluções, de formas mediante as quais se possa abrir o espaço dialógico da escuta e obter o esperado resultado da transformação da realidade.
De maneira simples, bastante objetiva, um desses comentários fez menção ao fato de que Deus se revela no pequeno, desafiando a todos que se põem a caminho como Igreja, a ter um olhar sensível e ouvidos atentos para reconhecê-lo no irmão que encontramos. A importância relativa das iniciativas todas que tomamos uns em relação aos outros ficou patente no comentário que considerou que uns agem perante os pobres e outros trabalham levando a alma e a humanidade diante de Deus, ou seja, áreas pastorais, grupos de oração e movimentos devocionais, nenhum é mais nem menos em sua missão. Todos são necessários, todos contribuem para o serviço de amor e fé que a Igreja Católica deve realizar. Com a devida ressalva feita por mais um comentário que considerou muito importante e válido o momento de oração, mas alertou que precisamos agir, nos unir, ouvir, respeitar e fazer ser ouvido. A justificativa final foi que só assim conseguiremos realizar as mudanças que farão diferença.
Nesse conjunto de comentários, uma participante recordou-se de pedir a Jesus de Nazaré, sabedoria para bem agir. A moderação do Fórum refletiu sobre essa sabedoria, compreendendo-a como um misto de bom senso e de compaixão que suscita o desejo de fazer justiça para promover a paz. Esses últimos comentários que distinguimos no conjunto de aportes dados ao Fórum pelos participantes todos, nos abriram uma perspectiva importante. Nosso olhar se voltou para um aspecto relevante da Assembleia Eclesial da América Latina e o Caribe: todos os desafios da atualidade, muitos deles elencados nos aportes do Fórum, clamam pela redireção dos caminhos da Igreja, retomada como continuidade de um fecundo movimento histórico que perpassou por Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida.
Diante disso, não é possível deixar de pontuar nossa perplexidade perante a humanidade ainda em sofrimento, carente de socorro em questões prementes. A opção da Igreja pelos pobres; o desejo da Igreja de dialogar com todos, de permitir, cada vez mais, a participação de leigos com consciência e responsabilidade; a constante luta da Igreja pelos direitos humanos, pela vida e pelo nosso planeta; o permanente trabalho da Igreja em prol da evangelização de todos, não somente dos católicos; as iniciativas todas da Igreja na área da Educação, da Saúde e do Serviço Social; o próprio serviço de fé e amor desenvolvido especialmente pelos Sacerdotes, para muitos, são insatisfatórios e irrelevantes, quando não, desnecessários.
Neste Fórum, após a sistematização dos aportes e a reflexão que foi possível realizar, compreendemos que nos reunimos para dialogar e meditar sobre a solução de problemas que são de todos, buscando chegar a um consenso. Giramos em torno da necessidade que se sobressaiu, a necessidade que temos de nos dedicarmos mais à oração pessoal e comunitária em prol das transformações tanto de nossa realidade interior quanto da realidade do mundo. Conforme vários aportes oferecidos por diversos participantes, importa, sobretudo, alcançarmos a união centrada no esforço do trabalho comprometido e compromissado, um esforço comunitário, fraterno e solidário, impulsionado pela compreensão de quem é Jesus e também do que ele nos pede.
Assim posto, ressalvadas todas as nobres, mas relativas aspirações do espirito, fica patente que o voo da alma consiste em sair de si com o desejo de manifestar misericórdia, de não desamparar ninguém, de trabalhar pelo bem de todos. Esse era o perfil dos primitivos cristãos que conviveram com Jesus. Nosso momento presente, portanto, clama por atenção à realidade perdida nos primórdios do Cristianismo, pede que nos reposicionemos e busquemos, conforme nos alertaram muitos participantes deste Fórum, o nosso próprio olhar de compaixão, para o outro, para a vida, para o mundo. O espaço dialógico que promove o consenso, a concórdia e a união demanda oração motivada pela compaixão, pelo trabalho compassivo em prol dos que sofrem, sejam eles humanos, seres vivos ou componentes físicos da natureza.
O termo união, nesta sequência que menciona o consenso e a concórdia, nos remete ao dom que nos faz Igreja, nossa unidade em Cristo. Sobre essa questão, um participante do Fórum fez luz, recordando que essa unidade foi selada por Jesus em seu martírio, e que assim sendo, a cruz de Cristo deve estar sempre em nossa mente e em nosso coração. Trata-se de uma árdua tarefa a ser desenvolvida para “guardar a unidade do espirito pelo vinculo da paz” (Ef 4,3), com permanente atenção à mais uma recomendação de São Paulo: ”revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição”. (Cl 3,14). A perfeição que São Lucas bem esclareceu: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).
Fica patente, aqui, conforme definiu um dos participantes do Fórum, o ponto de interligação, a ponte que nos auxiliará na conquista do livre trânsito para o diálogo e a ação em comum: o Evangelho vivo, como foi transmitido por Jesus e vivido pelas primeiras comunidades de fé. Nessa dimensão de pertença comum, como discípulos e discípulas em missão, poderemos buscar manter o que nos une, testemunhando a vitalidade de um compromisso histórico que esteja a serviço da vida, dos grandes direitos da humanidade e da nossa Casa Comum. Tudo isso, sem perder de vista a Cruz do Cristo que nos pede renúncia, ou seja, humildade, tolerância, perdão e sacrifico pessoal sempre.
Espacio para grabar los resúmenes del moderador y otros aspectos de la percepción del proceso de escucha
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O ato concreto de ver o Cristo nos outros, pela via da compaixão e o estabelecimento de uma relação fraterna, solidária, mediante diálogo, esses foram alguns dos comentários recorrentes no Fórum. Por outro lado, ressaltou-se, também, a imensa dificuldade de formar-se a condição necessária que favoreça a predisposição para esse diálogo.
Os aportes de pessoas engajadas, atuantes em áreas pastorais, nas causas sociais e em militância político-partidária voltaram-se para a busca de soluções, de formas mediante as quais se possa abrir o espaço dialógico da escuta e alcançar o resultado esperado da transformação da realidade adversa.
Alguns questionamentos e leituras críticas dirigiram-se à própria Igreja Católica e ressaltaram o clima tenso e descomprometido de muitos cristãos com mentalidade reacionária, voltados até contra as orientações do Santo Padre.
Em toda a discussão desenvolvida neste Fórum, entretanto, ficou clara a necessidade de diálogo em todas as esferas da vida humana. Neste sentido, o debate caminhou, buscando configurar reais perspectivas de mudança.
O sentimento e a atitude de compaixão para com o outro se distinguiu, ademais, como forma de libertação da situação conflituosa que vivemos na atualidade, pois, a compaixão tende a favorecer o diálogo constante. Não necessariamente uma interlocução permanente, mas, uma permanente abertura que perpassa pela oração pessoal e comunitária, mediante a qual podemos manter o respeito mútuo que precisamos ter uns para com os outros.
Nesse aspecto, ficou patente também o fato de que não nos basta fazer a oração, é preciso que esta força alavanque o nosso trabalho e por meio da ação do Espírito Santo, nos possibilite o desvelamento de novos horizontes e a instauração de novas práticas em favor da nossa igreja e de nossos irmãos mais necessitados.
Vale ressaltar, outrossim, que todos os desafios da atualidade, elencados nos aportes do Fórum, demandam uma redireção dos caminhos da Igreja, retomada como continuidade de um movimento histórico que perpassou por Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida.
A humanidade ainda em sofrimento, entretanto, carente de socorro em questões prementes, mesmo após tanto esforço encetado pela Igreja Católica, desperta a nossa perplexidade. Esse contrassenso nos faz crer, mais ainda, que o nosso objetivo principal é mesmo o de alcançarmos a união centrada no esforço do trabalho comprometido e compromissado, um esforço comunitário, fraterno e solidário, impulsionado pela compreensão de quem é Jesus e também do que ele nos pede.
No cerne desta última questão se encontra um apelo referente à urgência em promover uma maior escuta não exatamente sobre a Igreja enquanto instituição, mas sobre a fé. Precisamos refletir sobre aquilo que cremos que deve ser o que necessitamos viver como Povo de Deus, assembleia reunida, em constante marcha que pede a renovação eclesial.
Ao perscrutarmos nosso momento presente, nos parece evidente que ele clama por atenção à realidade perdida nos primórdios do Cristianismo e solicita que nos reposicionemos e busquemos, conforme nos alertaram muitos participantes deste Fórum, resgatar o nosso próprio olhar de compaixão, para o outro, para a vida, para tudo. Movidos pela compaixão, então, apresentaremos Jesus ao mundo, empenhados em sua amorosa evangelização.
Espacio para registrar las conclusiones, propuestas o proposiciones realizadas sobre el tema en cuestión.
En base a lo discutido en el foro, ¿cuáles serían los 5 aspectos que tendríamos que incorporar en la agenda de la Asamblea Eclesial? |
1. Compreensão de quem é Jesus e do que ele nos pede |
2. Resgate do sentimento e da atitude de compaixão |
3. Construção do espaço dialógico na Igreja e no mundo |
4. Promoção de uma escuta sobre a fé |
5. Reflexão sobre as Comunidades de Fé dos primórdios do Cristianismo |